sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sacerdotes, guerreiros e trabalhadores!



Séculos X a XII, na Idade Média, a sociedade estava dividida em sacerdotes, guerreiros e trabalhadores e regulamentada pelo sistema feudal onde estes últimos serviam às outras classes. E como era esse sistema feudal?

Toda a Europa estava dividida em grandes lotes de terra agrícola chamados de "feudos" e cada "feudo" possuía uma construção fortificada onde moravam o senhor feudal (dono do feudo) e sua família mais seus funcionários. Ao redor da casa senhorial ficavam enormes extensões de terra que, por sua vez, eram divididas em duas partes: 1/3 para o senhor feudal e o resto para seus arrendatários que cuidavam da terra de todo o feudo.

As terras, ao contrário do que se imagina, eram divididas em faixas e cultivadas através do método de rotação de culturas para que não houvesse um rápido desgaste do solo. Em casos de emergência ou épocas de colheita, o servo tinha de dar preferência às terras do senhor, deixando a sua em segundo plano e, se precisasse de algum instrumento (como a prensa, por exemplo) tinha de pagar uma taxa extra.

Então, podemos dizer que o servo era um escravo? Não! Ele e sua família pertenciam à terra. Se fosse vendido, não poderia haver separação entre os membros de sua família e não sairia de sua faixa de terra; ele e sua família, apenas, passariam a ser propriedade de outro senhor feudal. Viviam de modo miserável, não fosse o serviço obrigatório de três dias por semana e épocas de colheita nas terras do servo, mas tinham assegurado o direito de possuir família, lar e um pedação de "chão" para cultivar.

Uma importante característica do sistema feudal era que não havia leis para regulamentar o cotidiano, sendo assim, tudo (deveres, obrigações, disputas e arrendamentos) era feito baseado nos costumes.
E o como era o sistema de arrendamento feudal? O servo arrendava do senhor feudal que arrendava de um conde que arrendava de um duque que, por sua vez, arrendava do rei, numa escada sucessiva de vassalos e suseranos. Deste modo, podemos perceber que a riqueza de alguém era medida através da quantidade de terras que ela possuía. Então não é de se espantar que nesse período tenha ocorrido muitas guerras de conquista.

Outro fato muito importante foi a participação da Igreja no sistema feudal, tornando-se a maior proprietária de terras. Isso deve-se a alguns motivos: estava numa era religiosa e, por conseguinte, a Igreja detinha um forte poder espiritual sobre todos; muitos senhores costumavam doar parte de suas terras à Igreja quando ganhavam as guerras de conquista e, por fim, os senhores feudais, querendo alcançar o Reino dos Céus, mas temerosos da vida terrena que levaram, doavam suas terras aos clérigos.

A Igreja, portanto, foi a organização cristã mais poderosa deste período; ajudou os pobres e fundou escolas, mas não a um nível satisfatório se levarmos em conta a sua tamanha riqueza.
Portanto, o período feudal é marcado por essa relação entre suseranos e vassalos onde a Igreja é o guia espiritual, a nobreza, a força guerreira e os servos, a grande massa trabalhadora que manteve por muitos anos a elite dos senhores feudais.

Um comentário:

  1. Você teria o restante ficou muito mais fácil para entender todo o livro e ficaria agradecido ^^

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